quinta-feira, 21 de julho de 2011

Eu ouço teu silêncio


É suave, sincero e traz paz,
Mas também avisos com informação importante
Que se não for entendida pode gerar conflitos,
É a mais clara verdade
E muitos teimam em não escutar.
Traz tuas angústias, incertezas e medos,
Coisas tão fortes que se dissimulam entre a conversa
Alterando o modo de agir gesticular, sentir e falar,
Não dá para ignorar, nem se fosse cego e surdo deixaria de ver,
Isso se encontra em tudo desde frases que foram pela metade
Terminando com “não foi nada deixa pra lá”
Até abraços que perdem a intensidade
Sem esquecer os perdões que se sabe
Incompletos foram guardados na memória
Jamais me esqueço dos meus erros
E tento te fazer com que você entenda
Que nada disso é feito de forma nociva,
Acho que errar faz parte do aprendizado de cada casal
Ou de cada qual que tente chegar a algum lugar.
Porém isso fica relativo ao erro
Eu tento ouvir e ouço
Talvez por vezes faça-me de surdo
Mas ouço perfeitamente
Até o que foi dito fora do alcance dos meus ouvidos
Assim como qualquer um também pode,
Os detalhes deixados para traz são um punhal
Que completa sem pena a cegueira
De quem por vontade própria fecha os olhos
Pois a maior parte do que um diz ao outro
Tenho certeza de que não somos diferentes dos demais
Fica nas entrelinhas de um simples olhar.
Atenção com tudo que se passa é uma boa pedida
Mas o cuidado para não ter atenção com coisas demais
Não deixando escapar o que se passa na verdade é crucial
Ouvir é essencial por isso ouço,
Ou ao menos tento
E sei que não sendo assim
Esse tanto que vivemos ficaria pela metade
Eu ouço o grito dentro do teu silêncio
O todo que me diz evitando dizer palavras que
Se ditas iriam machucar muito.
Esse cuidado torna uma relação estável
Não acho que me apegar a você
Seja algo que me deixe vulnerável
Ou talvez deixe
Mas mesmo que assim seja
Eu prefiro uma fraqueza por esse lado
A não tentar te entender o mínimo
Para saber o que considera como erro
Enfim, quero me envolver ao máximo
Para errar o mínimo
E se um dia for forçado a dizer adeus
Que não seja por um erro que não vi.

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