domingo, 4 de setembro de 2011

Tão perto e tão longe


Por vezes distâncias demasiadamente curtas parecem milhões de quilômetros,
Estava ali tão perto... Aproximadamente sete metros mais os dois milímetros
De uma janela de vidro, porém mesmo nesse curto intervalo eu não consegui...
Não pude ir um centímetro à frente e muito menos um passo
Um espaço tão curto separando tanto...
Mas, mesmo com esse empecilho foi tudo incrivelmente satisfatório
Foi fascinante contemplar esse rosto após tanto tempo
Mas ao fim de tudo não sei se o que ficou foi fascínio ou saudade
Talvez uma mistura de cada um desses itens
É tão satisfatório ao mesmo tempo que entristecedor o ato de apenas ver...
É o fato de querer tocar que traz a imensa amargura da saudade
São tua boca, teu corpo tão perto e esse olhar de tristeza por não poder estar mais perto
Não poder ao menos sentir teu perfume, o gosto dos teus lábios...
Enfraqueceu minha estrutura...
Sou tão fraco assim a ponto de não poder andar mais sete metros e te fazer descer?
Nenhum de nós teve força naquela hora, mas... pelo menos entre tudo ouvi tua voz
A saudade veio de uma forma tão extensa que nem consegui medir...
E quem já conseguiu? Mesmo que um pouco? Você já mediu algum tipo de saudade?
Conversávamos como se estivéssemos um ao ouvido do outro.
Nunca tive oportunidade de ver as coisas desse jeito
Pensei que desse jeito só em de filme e que nunca fosse acontecer
Mas o destino provou que não e me colocou nessa situação
Foi uma experiência incrível!
Talvez mais incrível por ser de forma tão natural
Nossa vida daria um livro, pois é suficientemente interessante
Só quem conhece sabe.
A distância dificulta as coisas mas sei
que mesmo longe você está mais perto que qualquer pessoa...